Veja como 7 celebridades aprenderam a falar em inglês

Leia abaixo o depoimento de algumas celebridades brasileiras sobre seus caminhos de aprendizado de um idioma até atingir um nível avançado ou fluente.




Sandro Dias, 37, skatista - Além do inglês que eu aprendia na escola, eu tentei alguns cursos em escolas de inglês. Como não conseguia seguir adiante, aprendi o inglês na raça, na vida como skatista profissional, viajando o mundo, morando nos EUA e convivendo com estrangeiros ao meu redor. Tentei em escolas especializadas mas não segui adiante.

Quando estava lá fora já sabia o básico que havia aprendido na escola, mas para me sentir seguro e conseguir me comunicar sem problemas, demorou um tempinho, pois mesmo nas minhas viagens tendo estrangeiros ao meu redor, tinha também muitos brasileiros, o que fez com que eu demorasse um pouco a ter confiança em falar. 

Mas para mim o mais importante para adquirir a fluência foi a necessidade por ser um atleta profissional que viaja o mundo. Fui pela primeira vez para o exterior em 1985 em passeio com minha família aos EUA, depois em 1988 minha primeira viagem com meus amigos para a Califórnia para andar de skate.



Mariana Weickert, 30, modelo e apresentadora - Me senti mais familiarizada com o inglês aos 14 anos, quando fiz um intensivo de inglês em Baltimore por dois meses. Aos 17 anos fui fazer meu primeiro trabalho em Nova York. Tinha uma base do idioma, mas chegando lá é muito diferente. O uso de gírias, entender a televisão e se comunicar em coisas do dia a dia fui aprendendo aos poucos. O que atrapalha aprender um novo idioma é que geralmente brasileiro fica com brasileiro. 

Então procurava fazer atividades para usar o inglês, como conversar em livrarias e fazer as negociações do apartamento. Me sentia segura desde o começo, por já conhecer, mas não por dominar completamente. Isso veio aos poucos. Lembro que muitas vezes não sabia a palavra ou expressão exata de algo, mas rodeava até chegar na palavra ou frase próxima. Também usava internet, música e filme para aprender cada vez mais.




Michel Teló, 31, cantor - Meu aprendizado mais forte começou um pouco antes da minha primeira turnê nos EUA ano passado.Optei por aulas particulares com um professor full time, por que nossa agenda é bem corrida, então essa é a maneira mais eficaz para se aprender. 

Levei alguns dias para começar a desenrolar e a iniciar uma comunicação com meu professor. Mas é necessária a prática diária pra não se perder o que já foi aprendido. Estou no começo ainda. Mas compreendo bem melhor. Consigo me virar melhor (risos).

Nunca vivi no exterior, mas com certeza o ensino personalizado e um método diferenciado criado pelo professor Raphael Ruiz contribuiu muito para o aceleramento do processo. E obviamente tudo isso aliado ao meu esforço, que não é fácil sendo que tudo acontece geralmente quando estamos no avião. 

Gravamos a versão da "Ai se eu te pego" , "If I catch you", mas isso antes das aulas. Gosto do inglês e acho importante. Mas com os amigos a comunicação é sempre em português mesmo.



Cesar Cielo, 26, nadador - Além do inglês normal do colégio, comecei a estudar em escola particular quando eu tinha 16 anos. Optei por uma escola, mas em que os grupos de classe eram pequenos. Éramos eu e mais três alunos apenas. Tínhamos aulas duas vezes por semana e fiz isso durante uns seis meses. Eu vi um ganho bom porque o meu inglês estava bem fraquinho na época. 

Mas eu fiz uma viagem para os Estados Unidos nesse mesmo ano e senti que para adquirir fluência a coisa ainda não estava funcionando do jeito que eu gostaria. Depois desses seis meses comecei a estudar sozinho, em casa, todos os dias, por mais ou menos um ano, duas horas por dia. Via muitos filmes, usava muitos textos.

Quando voltei para lá (EUA), não que sentisse que eu já estava pronto para conversar como eu gostaria, mas já foi suficiente para eu passar nas provas. Passei nas provas que precisava para entrar na faculdade.



Alice Braga, 29, atriz - Meu pai me colocou em aulas no colégio que eu estudava, o Vera Cruz, quando eu tinha seis anos mais ou menos. Eles têm um braço que é só para aulas de inglês. No início eu era muito relutante, achava muito complicado. 

Mas foi bem bacana por desenvolver maneiras interessantes de entreter o aluno e despertar o interesse e a prática. Tanto que me lembro até hoje das músicas que cantávamos.

Até hoje agradeço meu pai (Ninho Moraes) pela iniciativa de me colocar para fazer aulas de inglês desde cedo e pela persistência para eu não abandonar os estudos. Minha primeira atuação em inglês foi no filme Eu sou a Lenda (2007). 

Não fiquei nervosa, fiquei em pânico (risos). Eu trabalhei bastante nas falas, com um professor de pronúncia. Aprendi a colocar a ênfase nas palavras certas e pronunciar corretamente. É um trabalho duro porque o movimento da língua (língua literalmente, do nosso corpo) é muito diferente. Fazia exercícios para soltá-la todos os dias.



Luisa Micheletti, 29, apresentadora e atriz - Comecei a aprender inglês como quase todo mundo no ensino médio, mas aprendi para valer quando fiz um intercâmbio em 2000 na Nova Zelândia por dois meses. Para mim fazer imersão na cultura é muito importante para aprender bem um idioma. Você aprende pelo lado afetivo, se interessa pela cultura e pessoas, é o conviver do dia a dia. Pouco depois fui trabalhar como estagiária na MTV. Traduzia programas, fazia relatórios. 

Nessa época também decidi fazer aula particular, aulas semanais, para ficar mais influente. Treinei muita conversação, por cerca de um ano. Depois desse período já conseguia entrevistar as pessoas na TV, porque tinha um roteiro, mas improvisar uma conversa tinha dificuldade. Fui pegando confiança com o tempo. Em 2008, acabei casando com um norte-americano e involuntariamente isso ajudou, pois tinha que falar em inglês em casa.




Carlos Saldanha, 44, cineasta - Comecei a estudar inglês aos nove anos e na adolescência fiz um cursinho de línguas. No início eram 2 aulas por semana. Com treze anos já conseguia me comunicar e entender bem o inglês. Com 15 já era fluente. Eu não tinha condições financeiras para viajar então eu praticava no Brasil mesmo, vendo filmes e conversando com turistas na praia no Rio de Janeiro. Sempre gostei de línguas e corria atrás para aprender e aperfeiçoar o meu inglês. Dedicação é essencial. 

Mas se eu pudesse eu teria morado fora, pois o processo de aprendizado é muito mais rápido. Meu primeiro emprego foi com uma multinacional americana no Brasil e eu já era fluente. Tinha 18 anos. Todo o trabalho era feito em inglês o que me ajudou muito a aperfeiçoar o idioma. Quando vim para os EUA pela primeira vez eu já era fluente. O que me ajudou muito na minha integração e adaptação no mercado de trabalho americano. Falar inglês foi imprescindível.

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